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Viver e Conviver

A Era da Aceleração

A era da aceleração está ajudando? Chega-se a algum lugar mais rápido acelerando com qualidade? Estamos num mundo frenético, ouve-se áudio no aplicativo de mensagem na velocidade: 1.5 ou 2.0. Além de outras coisas no dia a dia. Essa aceleração ajuda na saúde mental? O que pode ser feito é desacelerar e ver os detalhes que não vemos, sem isso, é praticamente hipnose.

Os desafios da vida são contínuos, se não tiver uma estrutura psicológica razoavelmente saudável, não se vive, apenas sobrevive seguindo correntes comportamentais doentes.

Desacelerar nas interações com as pessoas, natureza, universo e com nós mesmos. Quantos de nós no banho nem percebemos a temperatura da água? Muitas pessoas não percebem o relaxamento proporcionado pela hidroenergia, após um bom banho.

Não é a presa ou a lentidão, é a atenção no momento, a qualidade de tempo contigo mesmo(a), conexão com o seu lado generoso. Sunim (2017), faz uma pergunta “Por que sou tão ocupado? ” E completa: Quanto tudo ao meu redor está rápido demais, eu paro e me pergunto: “O mundo é agitado ou será que é a minha mente?”.

Costumamos pensar equivocadamente que a “mente” e o “mundo” coexistem de forma independente. Se alguém perguntar onde está a mente? Muitos de nós vamos apontar a cabeça. Vemos nós mesmos, os outros e o mundo conforme nossa lente mental interpretativa. O mundo não é alegre ou triste para produzir um sentimento apropriado em nós. Os pensamentos e sentimentos do que projetamos nele e das nossas vivências geram determinadas vibrações, boas ou ruins. O mundo simplesmente é como um pano de fundo.  

Nisso, podemos ter vastas experiências, um exemplo se formos construir uma casa e no momento de escolher o piso, vamos enxergar e ver várias possibilidades, modelos, cores de piso. E de repente quando olhamos para o mundo exterior vamos ver uma pequena parcela que nos interessa. O mundo que enxergamos não é o Universo todo, mas uma parte limitada que nossa mente se interessa. Nossa realidade não é o espaço cósmico, mas uma pequena parte dele que resolvemos concentrar nossa atenção. 

O fato existe porque nossa mente está concentrada. O mundo existe porque temos consciência dele. Aquilo que a mente concentra atenção se torna nosso mundo. Desse modo, a mente não parece tão irrelevante ao mundo lá fora.

Não queremos nem saber tudo o que acontece, isso geraria uma sobrecarga de conhecimento. O mundo que olhamos com os olhos da mente é limitado. Se soubermos treinar a mente para escolher com sabedoria o foco de sua atenção, essa ação sábia ampliaria nossa visão de mundo (mundividência - cosmovisão) para coisas realmente prioritárias (inteligência contextual).

 Geralmente, nossa agenda fica cheia e não temos tempo, mas podemos nos dar conta que é a nossa mente que fica num turbilhão de compromissos mentais muitas vezes ilusórios (crenças irracionais). O mundo nunca reclamou de estar ocupado demais. O mundo é experimentado de acordo com o estado da mente de cada um com sua realidade momentânea. Quando estamos de bem com a vida, o mundo, as pessoas, tudo fica tranquilo. Mas se a mente está repleta de pensamentos negativos, tudo em nosso entorno estará naquela vibração malévola.

Deste modo, quando estivermos mentalmente sobrecarregados, lembremos: há algo que podemos fazer. Quando a mente fica descansada o mundo também se acalma.  

Sunim, Haemin. As coisas que você só vê quando desacelera. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.

Filmografia: Click – 2006.

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