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Desânimo.

Que tema para um começo de ano, sim, pois podemos estar num círculo vicioso de não conseguirmos ver as coisas boas e o que construímos e melhoramos no ano que passou, o que podemos ver com outros olhos, mais positivos e méritos dos pequenos e grandes acontecimentos na vida, por isso, se faz necessário compreender o desalento, o desânimo. Todo mundo tem dias de desânimo. Uns dias um desânimo mais sutil, fraquinho, outros dias mais fortes que derrubam e não temos nem vontade de sair da cama ou fazer alguma coisa. A maioria das vezes nossos familiares ou amigos nem percebem nosso estado de ânimo, e disfarçamos com um sorriso “amarelo” ou pior, nem sorrimos, fazemos cara fechada.

Um dos problemas é a comparação com aqueles que estão sempre parecendo de bem com a vida, estão sempre sorrindo, cheios de energia, e nessa comparação acham que têm algo errado consigo.

Vamos levando a vida e nossas obrigações, na tentativa de ficar melhor, mas muitos se sentem como pessoas derrotadas e vazias, repletas de desânimo. Sem ver sentido na vida em nossa volta, a falta de vontade nos torna sem vida e não aproveitamos os momentos que estão em nossa frente.

Podemos começar a perceber a temperatura de nosso corpo, está quente ou frio? A temperatura do ambiente, o clima, tem uma brisa fresca, está quente, está chuvoso ou nublado? Também acontece com o nosso estado emocional. Quando nos sentimos desanimados, isso pode ter sido influenciado por múltiplos fatores internos e externos, mas, quando apreendemos quais são essas influências, podemos usar essa informação para nos guiar na direção desejada.

Com isso, podemos ficar atentos e não nos deixarmos desanimar pelos nossos estados de ânimo e trabalhar a favor de nós mesmos e tomar a direção de nosso bem-estar e saúde emocional. Nosso estado de ânimo não é uma coisa fixa, temos vários desafios que a vida e nossa existência proporciona, e a vida apresenta variadas dificuldades em dimensões como; material, emocional, física, espiritual, internas e externas. Isso sempre se refletirá em nossa saúde física e mental.

Mas o que as pesquisas trazem é que podemos aumentar as habilidades e usar ferramentas para usarmos no sobe e desce das nossas emoções instáveis. Mas se você tem uma desordem mental grave e persistente, não deixe de procurar também a ajuda de um profissional especializado. Como se criam os sentimentos? Quando a pessoa não está bem o cérebro vai procurar o que está acontecendo. Ele procura e encontra, às vezes encontra uma bagunça. Começou já alguns dias ou semanas de noite mal dormida, acordando com o barulho do despertador que fez um grande estrondo, na noite anterior, foi dormir tarde e com preocupações sobre os compromissos do dia seguinte, e foi acumulando problemas que não foram solucionados, foi deixando de hidratar o corpo, e assim vai somatizando em dores físicas, nas quais foram tampadas por analgésicos e por aí afora.  

Segundo Smith (2022), ao lidarmos com o estado emocional, é preciso lembrar que ele não está só na nossa cabeça. Está também no corpo, nos relacionamentos, no passado e no presente, na situação atual e no estilo de vida. Está em tudo o que fazemos e não fazemos, na nossa dieta e nos nossos pensamentos, nos nossos movimentos e nas nossas lembranças.

O primeiro passo para começar a compreender a prostração é desenvolver a consciência de cada aspecto da experiência. Notar cada um deles. Essa consciência começa quando olhamos para trás. Repassamos mentalmente o dia vivido e escolhemos os momentos a serem testados em detalhes. Não tenha pressa para aceitar os detalhes.

Quando me sinto assim?  Em que fico refletindo? Quando me sinto de determinada maneira, como fica o meu corpo? Eu estava cuidando bem de mim nos momentos que levaram a esta sensação? Isto é uma emoção ou apenas um incômodo físico proveniente de uma necessidade não atendida? Segundo Smith (2022), as perguntas são inúmeras. As respostas podem ser claras, mas, às vezes, tudo parece complexo demais. Não se preocupe. Continuar a explorar e anotar as experiências, ajudará a construir a autoconsciência sobre o que melhora as coisas e o que as fazem piorar. 

Bibliografia:

Smith, Julie Por que ninguém me disse isso antes? [recurso eletrônico] / Julie Smith ;

tradução Lúcia Ribeiro da Silva. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Sextante, 2022. recurso digital.

Filmografia: Melancolia (2011).

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