Vivemos o dia a dia nos comunicando de uma maneira ou outra. Começando quando somos bebês, alguns exemplos: pelo choro, que pode ser de variados sonoridades: fome, dor, sono ou outros tipos, que só os pais com o tempo vão saber quais são as necessidades mais básicas do recém-nascido. Até aprenderem a se comunicar pela fala ou comunicação não verbal, com caretas e outras demonstrações.

O que seria emoção? A palavra emoção vem do latim movere, que significa move, mas a palavra emoção tem em seu início o prefixo “e”, no latim este prefixo significa “afastar-se”, nisso o objetivo de criar movimento faz as pessoas agirem de imediato. Podemos pensar como um impulso para a ação, mas no decorrer da vida aprendemos erradamente que algumas emoções são ruins ou até mesmo devemos evitá-las, por isso tem muita doença psicossomática.

Existem muitas emoções que podemos citar, entretanto, falaremos só de 4 emoções básicas:

1. Alegria – Esta emoção estimula a agilidade cerebral, dificultando pensamentos depreciativos e aumentando a energia da pessoa. Por meio da alegria conseguimos superar momentos de tristeza, sentindo de imediato disposição e entusiasmo.

2. Tristeza – Quando vivenciamos esta emoção, nosso metabolismo se reduz, causando de imediato uma perda da energia e do ânimo.

3. Medo – O medo é uma defesa natural, e ele possibilita que o indivíduo se prepare para fugir ou se esconder. Uma das estruturas mais antigas do cérebro, a amígdala cerebral, envia sinais de alerta para que o corpo possa agir no primeiro sinal de perigo.
4. Raiva – Fisiologicamente recebemos uma grande descarga hormonal onde a adrenalina, o cortisol e a noradrenalina preparam o corpo para a batalha. Existe um evidente aumento dos batimentos cardíacos, deixando o corpo pronto para agir.

Então, essas emoções básicas que tentamos não demonstrar têm funções, e quais seriam essas funções?

Comunicar - Influenciar os outros. Ao expressar a emoção prontamente influenciamos os outros, queiramos ou não. Exemplos: a expressão de medo pode comunicar aos outros a presença de perigo. A expressão de tristeza pode evocar preocupação e empatia e influenciar os outros a serem mais atenciosos ou dar mais afetos. A expressão de amor pode fazer as pessoas se aproximarem de nós. A expressão de raiva ou desaprovação pode fazer os outros mudarem de comportamentos.
Motivar - Preparar-nos para agir: As emoções podem nos motivar e nos preparar para a ação. O medo intenso pode nos motivar a fugir do perigo ou estudar para um exame que temos marcado, e o amor, a sermos mais próximos uns dos outros. As emoções nos ajudam a tomar decisões, mantendo-nos informados.

Comunicar-se com o eu - Auto validar-se: As emoções podem ser informações sobre as situações e as pessoas. Por exemplo: o medo pode indicar que a situação é perigosa; a desconfiança pode indicar que uma pessoa é traiçoeira. Apesar das informações serem valiosas não podem ser vistas como fatos ou acontecimentos. As emoções podem estar passando pelo nosso filtro de crenças e distorções dos fatos, e podem se validar, ou seja, acreditar que aquele sentimento é sempre um fato. Ou seja, sentimos raiva porque temos uma boa razão para isso, ou sentimos tristeza porque algo que nos era valioso foi perdido.

O que podemos fazer é desafiar e testar nossas crenças e mitos sobre as emoções. E ver se é confiável, se faz sentido, quanto você acredita nela. Um exemplo: quando a alegria extrapola e você percebe a euforia como principal emoção, se engajando em muitas coisas ao mesmo tempo, gastando além do que se pode e com muitos comportamentos que envolvem risco social, é hora de parar e se cuidar.

Com esses questionamentos podemos ter mais clareza das nossas emoções e se forem emoções mais pesadas e consequentemente negativas, pode-se melhorar o humor e ter mais saúde emocional.

Bibliografia: LEAHY, ROBERT L.; TIRCH, DENNIS; NAPOLITANO, LISA; REGULAÇÃO EMOCIONAL EM PSICOTERAPIA: UM GUIA PARA O TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL. COPYRIGHT 2013 – ARTMED EDITORA LTDA.

Filmografia: Divertida Mente (2015).