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EDITORIAL

Bairrismo, uma velha nova e necessária tendência

Bairrismo já foi ruim e poderia muitas vezes ser até confundido com movimento político e até xenofobia. Porém, a verdade é que se cada um cuidar de seu quadrado ele floresce mais rápida e adequadamente.

Bairrismo é a convicção que o seu local de vivência é o melhor para se viver, com qualidades, culturas e costumes, porém, tem que ser ajustado para bem desenvolver.

Quando passamos pelas ruas de nossas cidades há um desleixo total do qual nem se pode culpar a administração pública, afinal, o código de normas e posturas de nossos municípios (praticamente iguais) impõe certas atitudes de seus concidadãos. O que é totalmente viável e até necessário. São muitas reinvindicações absurdas para o erário. E quem melhor que o morador para saber o que o bairro tem de melhor e de pior?

As associações de moradores exercem um papel extremamente importante dentro da esfera política, econômica e social das cidades. Além de ser uma forma de unir forças para reivindicar acerca de suas necessidades, essas iniciativas também podem contribuir para tornar a vida em comunidade ainda mais prazerosa e até mesmo fomentar a economia local – literalmente local, no bairro mesmo.

Temos visto a destruição massiva de verdadeiros centros históricos nos municípios por falta de cultura e amor à História. Casas antigas que carregam toda a história local estão sendo colocadas abaixo numa tentativa desenfreada de lotear e ganhar muito dinheiro com venda de lotes, como se tivéssemos algum tipo de incentivo para pessoas se mudarem e investirem em terrenos perdidos no meio do nada. Onde não há comercio, onde não há empresas, onde não há turismo, não há dinheiro e nem interesse. Por isso, e preciso reativar as associações de bairros.

Assim como em condomínios, a associação de bairros pode criar regras e combinar estratégias de como melhorar o bem estar naquela comunidade. Pode-se buscar recursos e desenvolver a localidade em parceria e desonerando o setor público. Pode-se incentivar uma via gastronômica ou desenvolver parques, calçadas, resolver a falta de policiamento, as questões de iluminação pública, entre outros erviços públicos que se fazem necessários.

É preciso trabalhar em conjunto com as autoridades locais para melhorar as condições de vida na região, destacar as tradições do bairro, as histórias que se confundem com a própria criação a cidade. Mas, parece que todos se acomodaram e ficam pedindo para a Administração Pública resolver tudo. Talvez por isso, nossas cidades desenvolveram mais no início de suas emancipações, porque a comunidade labutava pelo desenvolvimento mais que a administração pública. Claro que se vê ainda alguma movimentação dos CPCs – Conselho de Pastoral Comunitário, as capelas das igrejas – porém, não se verifica investimento nas próprias capelas e nem nos cemitérios particulares dessas antigas igrejas.

Se arregaçarmos as mangas e trabalharmos bairro a bairro a cidade desenvolve e traz para seu comércio mais gente para consumir. É uma troca.  Um pouco de bairrismo mudaria o cenário da cidade, desenvolveria a cultura herdade e mais que isso proporcionaria o desenvolvimento econômico que reflete em vários outros setores inclusive sociais.

Cultivar algo único não e desmerecer o outro, a ideia é enaltecer o que se tem de melhor e conseguir melhor comunicação com as autoridades públicas.

Bairrismo também é privilegiar o comércio local, por que não? Se cada um fizer um pouco o todo fica perfeito! Chegou a hora de ser bairrista.

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