A busca do infindável prazer, que é visto com uma sensação errada de eterna felicidade, vem desviando o ser humano da sua verdadeira essência e propósito, sua verdadeira liberdade psicológica e autossuficiência emocional.

No caminho desviante o ser humano fica confuso e dependente das ocasiões, o que demostra o mau uso da inteligência, lembrando que em certas circunstâncias jamais temos algum controle.

O ser humano passa por várias experiências no decorrer de sua vida, vivências boas e ruins, cada vez percebe-se que o nosso ideal mais profundo é o caminho que promove a redução do egocentrismo que existe em todos nós, não importa qual o caminho, mas sabe-se que com o passar das experiências o egocentrismo traz mais problemas que realizações, podendo ser uma das causas da depressão.

Existe a possibilidade de corrigir o rumo. Fazer o certo mesmo que outros estão fazendo errado. O divergente positivo. Todos nós queremos ser felizes. A verdade que a saúde mental está ameaçada pelo que se observa e se compara no dia a dia. Precisamos fazer algo urgente contra esses modismos hodiernos e rever nossos conceitos, nossos valores.

Não podemos separar a desilusão da ilusão: elas caminham juntas nas ocasiões interpessoais desafiantes. Queremos tudo do nosso jeito, se alguma coisa não der certo, achamos que o mundo está contra nós. E ficamos chateado. Mas da onde vem essa petulância que tudo tem que ser do nosso jeito? O clima, as pessoas, o mundo e por aí afora, achamos ilusoriamente que somos o centro do universo.

O ego tem essa visão de ser ele o centro de tudo, por isso ouvimos falar do pequeno “eu” que é o nosso ego. O que significa a palavra “egocentrismo”: a sua origem vem do tempo em que o planeta Terra era considerado o centro do mundo, nós pensávamos que tudo girava em torno da Terra. Nossa individualidade era em relação ao mundo.

O egocentrismo é uma sensação de sermos o centro do mundo, uma tendência a referir tudo a si mesmo(a). A pessoa cultiva o narcisismo. O narcisismo é o culto ao ego – “ Olhem como sou inteligente, ou forte, etc.” É uma maneira de afirmar nosso egocentrismo.

Um tipo de egocentrismo escancarado é também achar que os outros são o impedimento, um obstáculo a felicidade e liberdade da pessoa egocêntrica. Outra característica centrada no ego: achar que nossa explicação é a melhor. Para Nietzsche, no seu livro “Verdade e mentira no sentido extra moral “... se pudéssemos dar voz a mosca ela também se sentiria o centro do mundo.

O egocentrismo gera eterna frustração. Egoncentrismo é a doença e o ego o vírus, que nem gripe. Ele vai estar sempre em mutação. A vida traz a situação certa para nos tirar da fantasia, às vezes, por meio de dor; sofrimento, um recurso para fazermos nos despertar das ilusões criadas por nós mesmos, para manter nosso ego inflado.

Podemos destacar muitas coisas sobre o ego: humildade versus presunção e outras. Mas tudo o que somos é o resultado do que fomos levados a acreditar, a pensar, através da cultura, da educação, de sugestões e de atribuições. O ser humano é um grande imitador, ele se identifica com o ambiente, com as pessoas, rótulos; assim como com as ideias.

É possível viver sem comparações, sem julgamentos, sem remorsos. Trabalhar nesse aprimoramento comportamental contínuo, pois sempre seremos livres para mudar.

Bibliografia: Bastos, Hamilton Gouvêa. Egocentrismo: a doença Ego: o vírus. Rio de  Janeiro : Fissus, 2003.

Filmografia. Franco da Irlanda (2021).