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Viver e Conviver

Desdramatizar

A desdramatização é o ato ou efeito de a pessoa, retirar o conteúdo dramático, emocional ou de comoção do acontecimento, fato ou vivência que foi alvo ou esteve presente. Permitindo a realização de uma reflexão verdadeira, real, assertiva e racional, sem perder o equilíbrio emocional interior dos acontecimentos. Objetivando as mudanças íntimas profundas. 

A palavra dramatizar vem do idioma Frânces, dramatiser, “dar a forma de drama a”, e está no idioma Grego, drama, “ação, tragédia”.

As tendências para dramatizar são desajustes psíquicos utilizados pela pessoa que prejudica ela mesma. Parando no drama a pessoa não cresce, limita suas ações. A pessoa que se autovitimiza com tendência a autodepreciação tende a se emaranhar num processo que leva a dramatizar, por isso a importância de romper os ciclos de autovitimização e se autopesquisar.

Conhecer os seus mecanismos de funcionamento, ver a tendências, repetições, perceber quando exagera, dramatiza e ver os efeitos disso tudo. Sem melindres, recalques, desdramatizar. Outra coisa são as comparações negativas com outras pessoas e grupos, isso leva cada vez ao aumento da toxidade mental.

Também, determinadas suposições relacionadas ao gênero, etnia, originadas de preconceitos e estigmas, podem levar a pessoa a sentir inferior, baixa autoestima e dificuldade em lidar com frustrações.

Nas pessoas que conseguem superar e ser coerente com os fatos e situações vivenciadas, ou seja, senso de coerência emocional, postura básica de confiança frente a vida destaca-se a característica comportamental chamada de resiliência. Os três componentes principais: 1. O sentimento de compreensão de determinada situação. 2. O entendimento daquilo que pode ser alterado ou modificado. 3. O grau de importância dado as situações da vida consideradas frustrantes.

Saber dar a correta medida ou peso aos problemas torna a pessoa mais capaz de superar. E ter competências emocionais para superar é mais fácil voltar ao equilíbrio pessoal, após uma situação desgastante.

As pessoas que dramatizam faltam nelas o traço temperamental da resiliência, tornando mais complicado o enfrentamento e a superação das frustrações pessoais. Tem tendências de levar a vida na qual fosse um fardo, ao contrário das pessoas resilientes das quais veem as dificuldades ao modo de desafios.  

Na área de saúde mental os psicólogos e psiquiatras concordam que a maior parte da resistência às frustrações deriva da educação infantil e adolescente: aquisição de amizades estáveis, liberdade para expressar as necessidades emocionais, aprender a resolver conflitos; convívio familiar saudável; habilidades para reconhecer os sentimentos.

Sem frustrações, não crescemos. Não existe um mundo perfeito e pronto para aturar todas as manhas e desejos. Desdramatizar é diminuir a carga emocional e a autovitimização. Podemos seguir com a visão mais positiva e resiliente das situações e de nós mesmos. Por meio do exercício de autorreflexões diárias, qualquer pessoa pode ficar menos dramática, independentemente da dificuldade de seu cotidiano. Quando dramatizamos, ainda estamos usando nosso lado mais instintual e pouco funcional. É importante saber detectar os gatilhos internos causadores de situações dramáticas no dia a dia. Tal detecção racional acabará com a vibração da dramatização.

 Bibliografia: Machado, Cesar. Antivitimização: alicerce para autoevolução. 2. Ed. – Foz do Iguaçu: Editares, 2017.

Filmografia: “A Família Perfeita” – 2021.

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