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EDITORIAL

Uma longa trajetória

Em janeiro de 2007 surgia o jornal Parole com o slogan: Um jornal a serviço de Ascurra – Palavras a serviço da Notícia. Com um coquetel começava a trajetória que chegou aos 17 anos. Muitos duvidaram que permaneceríamos no mercado por mais de um ano, mas se enganaram. Estamos firmes, fortes enfrentando o descrédito da grande imprensa, que também nos afeta e o declínio do impresso, mas estamos cheios de novas perspectivas e em outras plataformas: site e Facebook.

Claro, até nós mesmos não tínhamos toda essa certeza de sucesso.

Em nosso primeiro editorial a palavra do editor Ailton Carlos Coelho, que transcreveu o orgulho que tinha de seu pai e de suas lembranças.

Segue o texto:

“Quando crianças via meu pai lutando sempre por coisas da comunidade. A construção do Salão Paroquial da Igreja Matriz Sant’Ana, a instalação da cruz luminosa no alto do morro do cemitério municipal de Apiúna. Era “fabriqueiro” nas festas da igreja, do Seminário e do Colégio. Mas o que levou ele a mudar?

Enquanto meu pai lutava pela comunidade a comunidade buscava mantê-lo pobre. Isso mesmo, pobre, pois enquanto trabalhava gratuitamente, outros buscavam proveito próprio. O pior que isto é fato em todo lugar e não só no Brasil. Quando meu pai entendeu que devia pensar só na sua empresa e esquecer os trabalhos comunitários conquistou o suficiente para dar estudo aos filhos e ter uma velhice tranquila, e deixar minha mãe que tanto lutou naquelas conquistas com uma boa aposentadoria.

Acho que mesmo com tudo isso, não consegui aprender.

Em meu primeiro editorial neste veículo de comunicação falo deste assunto, pois quem me conhece sabe do meu jeito de agir, de se portar. Gosto de franqueza. As coisas tem de serem ditas na lata. Com isso busco resultados para a comunidade, mas trago problemas aos meus familiares. Trago comigo poucos amigos e muitos inimigos, mas tenho a certeza de que hoje estou plantando uma semente que em breve dará frutos.

Lembro como se fosse hoje, quando na metade da década de setenta comecei a vir para Ascurra com alguns amigos. Brincava no Colégio São Paulo de frescobol, vôlei, ping-pong, além de paquerar. Em 1977 comecei a namorar a minha esposa Márcia e nunca mais me afastei de Ascurra, de suas virtudes e de seus problemas. Na época os apiunenses tinham inveja de Ascurra. Suas ruas bem cuidadas, o jeito do povo manter sua cultura. Hoje vejo que Ascurra é uma cidade cheia de problemas.

O jornal Parole (Palavras) vem para suprir uma lacuna da área da informação do município e dará igual oportunidade a todos os setores de se expressarem e esclarecerem a população das coisas que acontecem e influenciam o cotidiano.

Espero sinceramente que o Parole venha a ter o mesmo sucesso que o jornal Cabeço Negro de Apiúna, que neste mesmo janeiro entrou em seu oitavo ano de existência.

Ascurrenses: peço licença para invadir seus espaços e para que a cada dia que seguir minha vida possa ser um pouco mais cidadão desta terra.”

Depois de tanto tempo o reconhecimento não chegou, mas continuamos na luta pelo melhor e vemos que Ascurra está voltando aos trilhos novamente.

Obrigado caros leitores por ficarem conosco todo esse tempo.

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