Desde que iniciei a minha trajetória na área jornalística em janeiro de 2000 com o jornal Cabeço Negro para divulgar Apiúna e suas conquistas, levando informação gratuita a população, não galgava qualquer reconhecimento fora desde pequeno núcleo em que vivo.

Em 2007 nasceu o Parole com a grande ajuda da amiga Cláudia dos Santos da Silva. Ouvi de um amigo, na ocasião, a seguinte frase: “mais um jornal que surge em Ascurra para em um ano fechar”.

O Parole comemora em janeiro de 2024 17 anos e o Cabeço Negro 24.

Quando abandonei minha carreira exitosa na área da computação no governo de santa Catarina por achar que não era feliz, buscava realizar sonhos. Sonhos de poder ser agente de mudança para a terra em que nasci.

Infelizmente, em 64 anos de vida não me sinto um contribuinte para a mudança, pois o reconhecimento não veio e nem as mudanças que sonhava, pois muitos foram os desafios intransponíveis que busquei escalar.

“Não se preocupe quando não for reconhecido, mas se esforce para ser digno de reconhecimento.”

Uma linda frase de Abraham Lincoln, ex-presidente americano, que nos deixa até pensativos, mas jamais nos tirará a tristeza de não conseguir ver no olhar das pessoas que você foi responsável por inúmeras ações que trouxeram benefícios a comunidade.

Claro nem sempre a comunidade fica sabendo de nossos feitos, pois muitas vezes somos usados de escada para outros que assumem os feitos como seus.

Mas, a trajetória não é só constituída de tristezas, amarguras, mas sim de momentos muito especiais como os vividos dentro do jornalismo e das letras. Pensava eu que nada superaria o dia em que lancei meu primeiro livro e eternizei meu nome, mas algo maior me aguardava.

Nos anos de 2014 e 2018 o jornal Parole conquistou menção honrosa do jornalismo por estar entre os três melhores do estado nas categorias editorial e coluna, respectivamente. Em 2021 ficou em segundo lugar com uma diferença de 1 décimo para a melhor fotografia do ano de 2020.

Neste 2023 veio algo totalmente inesperado para dois jornais pequenos produzidos por poucas mãos. O Parole conquistou a classificação entre os melhores na Publicidade (campanha) e na  coluna (Fatti & Raccontti). O Cabeço Negro na publicidade (anúncio) e na fotografia jornalística.

A felicidade foi imensa, maior ainda foi a surpresa de no derradeiro momento da premiação, onde os três melhores jornais de Santa Catarina seriam premiados, ouvir na voz do expoente Mário Motta o anúncio: “Troféu Pena de Bronze da Publicidade, Jornal Cabeço Negro”.

E para fechar com chave de ouro os dois jornais classificados no Top Tem do Prêmio Adjori/SC de jornalismo 2023.

Jamais sonhei com um momento tão maravilhoso que me pudesse trazer forças para superar os próximos desafios.

Obrigado a todos os colaboradores, colunistas e principalmente a você leitor por toda a confianças destes mais de 20 anos.

OBRIGADO!!!