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EDITORIAL

Dai a César o que é de César

Nossa opinião pode ser repetitiva, mas temos de ser maçantes para que talvez sejamos ouvidos.

No ensinamento crístico de “Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”, Jesus afirma que não devemos misturar questões políticas e econômicas com questões religiosas.
Que cada coisa deve estar em seu devido lugar. Vivemos dias
muito difíceis na nossa política. Não sabemos quem é o lobo ou quem são as ovelhas. Os governos que exercem autoridade sobre nós, se guiam pelas leis deformadas criadas por lunáticos em benefício próprio e pelo sistema social que estamos mergulhados e quer controlar absolutamente tudo (inclusive a religiosidade).

Quando um Estado, leia-se Governo, cresce e monopoliza funções ele passa a controlar
tudo. Este Estado hiper centralizado que diz cuidar da saúde (Sistema Único de Saúde - SUS), da sua moradia (Minha casa, minha vida), do meio ambiente, das propriedades privadas, dos relacionamentos, do abuso ou não da liberdade de expressão, sua educação, de sua aposentadoria (Instituto Nacional do Seguro Social - INSS) facilmente se torna um Estado ditatorial. “Qualquer semelhança, não é
mera coincidência.”

Cuidar da família, das igrejas, dos ditos interesses das minorias só incrementa o aparato estatal e fica cada vez mais distante da liberdade que uma verdadeira democracia requer.

Cada vez mais, o indivíduo está perdendo as características em face da ideologia coletivista. Porém, engana-se quem pensa que tornar tudo coletivo e uniformizar as pessoas de uma nação, igualando ideias, pensamentos e atitudes em uma única linha,
promove igualdade. Ao contrário, mina os fundamentos da dignidade humana, pois ninguém é igual. Silenciar as diferenças nos fazem crescer e aprender.

“A sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade irá terminar sem igualdade
e sem liberdade” (Milton Friedman).

A igualdade deve ser de oportunidades e não de resultados como preconizam os governos de esquerda e progressistas. O Estado quer ser um “Robin Hood” tirando dos ricos e dando aos pobres, porém, retirando sua quinta parte (o tal do quinto dos infernos que o povo reclamava a dar para a coroa portuguesa. Aliás, parênteses que com a reforma tributária esse valor irá ser mais de 25%). O Estado inchado promete erradicar a pobreza multiplicando os pobres e não elevando-os, através de liberdades e oportunidades ao patamar de classe média ou rica. O Estado cria minorias para manter pessoas reféns de si numa eterna manipulação. O Estado ameaça com seu “sedutor” discurso de resolução para um povo que tem preguiça de fazer e pensar por si só, acreditando na ilusão do ganhar gratuitamente do Estado.

Assim, o Estado promete ilusão. Ele (Lula) disse: “Vou cuidar do que é mais urgente e inadiável: o povo”. E as minorias falaram que o amor, enfim, voltou. Tudo uma
falácia. O único amor verdadeiro aí, é ao dinheiro.

Ao comando de que o Estado precisa cuidar da economia, ele brinca com “incentivos” artificiais para direcionar os indivíduos e nos extorquir tudo o que temos. Porém, cada nação tem o governante que merece. Quando uma nação quer o impossível
somente mentirosos podem satisfazê-la. É o que temos. Quando um alicerce de uma sociedade livre é derrubado por uma mentira de política pública de coletivização em nome do bem comum, destrói-se a ordem social. Perder a liberdade de agir
para que o Estado aja em nosso nome é o caminho para dizimar uma sociedade próspera e ficar refém dos tiranos. Não se fortalece os fracos enfraquecendo os fortes.

“Sempre que um governo for poderoso bastante para dar às pessoas tudo o que elas querem, ele também é poderoso o bastante para tirá-las de tudo o que elas têm”. (George Edward Griffin).

Chegamos à nova era de dar ao Estado o que ele construiu para si. Nós, cada vez mais limitados, enfraquecidos e (literalmente) desarmados. Porém, “Césares” passarão e
impérios majestosos e ricos continuarão sucumbindo.

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