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FATTI & RACCONTI

Ascurra já teve uma balsa?

Sim Ascurra já teve uma balsa. Por volta de 1895 foi inaugurado o primeiro grande meio de transporte para a travessia do rio Itajaí ligando o bairro Estação ao centro da cidade. A balsa media 14 metros de comprimento e quatro metros de largura. Fazia a travessia de carros, carroças, madeira, pessoas, etc. Dos usuários era cobrada uma taxa que variava de acordo com o nível do rio. Nos dias em que o rio estava mais cheio a taxa era maior.

O primeiro a manobrar a balsa foi Max Gruber com seus dois filhos José e João. Essa família morava onde hoje é a delegacia de polícia Civil de Ascurra na Av. Getúlio Vargas. O pai e um dos filhos inclusive morreram afogados enquanto trabalhavam em um dia que o rio estava muito cheio.

Outras pessoas também trabalharam neste meio de transporte como Antônio Moser e Tibúrcio Mori.  O último a manobrar a balsa foi Emílio Rozza que trabalhou aproximadamente vinte anos. Em 1960 foi inaugurada a ponte Irineu Bornhausen e a balsa desativada e levada para outra comunidade.

FONTE: Jornal Ascurra Rumo ao Progresso. Edição de Janeiro/1996

A gruta Nossa Senhora de Lourdes do Bairro Tamanduá

A Imagem de Nossa Senhora de Lourdes veio da Itália para Ascurra em 1926, através da família de João Darolt do bairro Guaricanas. A esposa de João estava sofrendo sérios problemas de saúde e com promessas as graças foram alcançadas. Um dia de manhã João transporta sua esposa, de carroça, a procura de um médico pois na noite anterior ela havia passado muito mal. A esposa então teria dito ao marido que não seria mais necessário. Nossa Sra. De Lourdes havia aparecido e prometido a cura. A recuperação veio e a esposa inclusive teve vários filhos. A família decidiu construir uma pequena capela com a imagem da Santa. A opção foi no alto de um morro que divide o bairro Tamanduá com Guaricanas conhecido como Morro do Foguete.  O acesso foi pelo bairro Tamanduá pois o caminho era mais fácil.   Assim, lá de cima, Nossa Senhora protegia a todos dos ventos. Era comum a comunidade subir o morro principalmente no dia dedicado à Santa.

Conta-nos Nair Pintarelli Tomio, que por volta de 1953, um incêndio causado por uma roçada tomou conta de parte do morro. A comunidade do bairro combateu o fogo levando baldes de água e conseguiu contê-lo. Ocorre que na madrugada o incêndio voltou e queimou grande parte da vegetação. Milagrosamente a pequena capela de madeira e imagem da Santa nada sofreram, porém tudo ao redor teve danos.

As festas dedicadas a Santa eram feitas na casa da Família Pintarelli. Nos fundos um rancho era preparado e toda a comunidade participava. Primeiramente as pessoas subiam o morro para visitar a capela e fazer suas orações. Depois a festa seguia com alimentação e demais festejos.

Com o tempo a casinha de madeira onde estava Nossa Senhora não resistiu aos cupins. Assim a imagem foi transferida para a casa da senhora Gertrudes Bordim no bairro Tamanduá. Um novo local para a Santa era necessário. A ideia de construir uma gruta de pedra nos pés do morro, partiu do padre Valdir Andreatta, vigário da paróquia de Ascurra na época.

Padre Valdir convidou o padre Henrique Teixeira, de Minas Gerais, para construí-la junto com pessoas da comunidade. As crianças também deram sua contribuição levando pedra do início do morro até o alto da construção. O terreno onde a gruta foi construída teve doação de Liberata Pintarelli e a inauguração ocorreu em 08 de setembro de 1979. A família Pintarelli residia próximo a nova gruta e por muitos anos cuidou da mesma.

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