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FATTI & RACCONTI

As aventuras de Juju na Suíça

No conto a seguir conheceremos um pouco da Itália e Suíça. Vamos na carona de Juju. Este passou por aquelas bandas durante seis meses no ano 2000. Juju era controverso, extrovertido e aventureiro. O rapaz era do tipo "ame-me ou deixe-me! " Costumava meter a cara. Sua coragem botava inveja a muita gente. Certamente não haveria nenhum problema em sua última empreitada: ir trabalhar na Suíça.

Alguns contatos e Juju já estava empregado na fazenda de Andrea Felippi. Este pecuarista vivia na parte italiana da Suíça, divisa com o norte da Itália. Não houve nenhum problema de comunicação já que naquela região a população falava italiano. A Suíça apesar de pequena, tem vários idiomas oficiais. Um deles é o italiano.

O avião que transportava o ilustre passageiro ascurrense pousou na França. Para Milão, na Itália, a viagem foi de ônibus. Completando o trajeto, Juju pegaria um trem até o destino final: Airolo na Suíça.

Tudo ia bem até que Juju descobriu que tinha pegado o trem errado. Estava na cidade italiana de Domodossola e precisava voltar urgentemente a Milão. As más línguas disseram que quando Juju descobriu que estava no caminho errado, teria pulado do trem.  Ele, porém,  negou esta versão. Disse que quando o trem parou na estação de Domodossola, procurou imediatamente um hotel para passar a noite. Assustou-se com o valor da diária e resolveu dormir no banco da estação mesmo.


Juju acordou no dia seguinte em um hospital rodeado de médicos. Informaram que ele possivelmente havia caído do banco da estação. Estava com a cara toda costurada de fazer inveja ao Frankenstein. Os médicos disseram que provavelmente em 10 dias ele teria alta. Juju entrou em estado de pânico. Precisava apresentar-se ao novo patrão com urgência e estava apreensivo com o valor da conta do hospital.

Finalmente, após uma bateria de exames e as constantes ameaças de Juju para fugir do hospital, os médicos liberaram o ascurrense em um dia e meio. Porém o pior estava por vir. Precisa perguntar quanto ao valor a pagar no hospital. Juju respira fundo e pergunta quanto deve. Para sua surpresa ouviu dos médicos: “No sta scaldarte. Chi le tut per niente”. Ou seja, lá era tudo de graça.

 Juju, todo remendado, conseguiu pegar o trem correto e foi para Airolo, na Suíça. Apresentou-se ao novo patrão.  Andrea Felippi levou um susto quando viu seu novo funcionário todo arrebentado. Era só cachorro latindo e mulher chorando! A aparência de Juju realmente assustava. Mas um mês depois ele já estava menos feio.

A cidade de Airolo possuía 1.500 habitantes. A qualidade de vida era espetacular, como contou Juju. Simplesmente não existia pobreza. O inverno chegava a 20 graus negativos e o verão 30 graus positivos.


Durante três meses Juju trabalhou com o gado na montanha a 1.800m do nível do mar. Os outros três meses na cidade a qual ficava a 1.400m no nível do mar. Todo o rebanho seguia junto. Procedimento que visava fugir da baixa temperatura.

Findo o contrato, Juju voltou para Ascurra. Trouxe consigo novas experiências. No ano seguinte ele seguiria novamente para a fazendo de Andrea. O trabalho era duro, mas compensava. Outros amigos de Juju também estavam interessados em ir para a Suíça. As aventuras de Juju caíram no gosto do pessoal. Se tivesse que pular do trem já sabiam que a conta do hospital seria por conta do governo italiano.

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