logo RCN
FATTI & RACCONTI

Motoqueiro Destino Traiçoeiro

O personagem de nossa história chamaremos de Mário. O rapaz sempre teve queda para motos. Achava que as menininhas também eram atraídas por motoqueiros e adoravam passear na garupa de uma Ninja. Não queremos dizer com isso que o rapaz possuía essa moto, mas a noite todo gato é pardo.

O fato envolvendo o motoqueiro aconteceu em agosto de 1986, exatamente a meia noite de sábado. Um racha entre as motos de Mario e seu amigo Juvenal na convidativa Avenida Brasília centro de Ascurra.

Antes de prosseguir com a história, é necessário descrever esse veículo que Mário chamava de CG 125: Ano 82, tanque azul desbotado, escape cortado para fazer mais barulho (era moda), retrovisor só no lado direito, pneu dianteiro de lambreta e, para terminar, naftalina no tanque. Diziam que a moto andava mais.

Os motoqueiros posicionaram-se em frente ao antigo Supermercado Depiné que ficava no início da avenida. A reta de chegada seria o prédio do Colégio São Paulo onde funcionava, na época, a empresa Sulfabril. A noite era fria e o movimento da rua muito fraco. Propício para o pega.

Largaram! Era incrível! Barulho infernal! As motos de mesma cilindrada estavam parelhas. Corpos deitados no assento para vencer a resistência do ar. Não havia ainda definição de quem seria o vencedor. Mario sabia que não poderia perder. Foi ele que fez o desafio para o amigo Juvenal. O segredo seria retardar a freada e assim conseguiria ser o primeiro a chegar.

Chegando no final da reta, Juvenal percebeu a loucura do amigo e acionou os freios. Mario sorridente pensou em fazer o mesmo agora que estava à frente. Mas a velha moto não respondeu ao comando. Estava sem freio.

A monstruosa parede da Sulfabril logo à frente. Puro concreto. Arriscar fazer a curva, morte certa. O jeito era acertar a porta principal bem fechada àquela hora da noite e torcer para que a madeira não fosse de canela.

A velha porta cedeu com facilidade e Mário acordou com a água fria do bebedouro na cara e um vigia da empresa desmaiado ao seu lado. O estrago graças a Deus foi só material. Mário vendeu a moto e financiou o resto para pagar o prejuízo. O vigia teve “trisa”, mas sobreviveu ao susto! 

Ascurra já teve uma balsa? Anterior

Ascurra já teve uma balsa?

Um ascurrense no SBT Próximo

Um ascurrense no SBT

Deixe seu comentário