​O time de futebol que era a alegria de todo ascurrense, foi criado em sete de setembro de 1959. A primeira reunião  com um grupo de amigos, foi na escadaria da igreja matriz Santo Ambrósio no centro de Ascurra. Ali foram discutidos alguns assuntos para dar início ao projeto. Porém a reunião oficial ocorreu no dia 18 do mesmo mês.

  A primeira diretoria ficou assim composta: Presidente: Aldo Valdir Pintarelli. Vice-presidente: Aleandro Bastião Dalfovo. Primeiro secretário: Luiz Zonta.  Segundo secretário: Laércio Prazeres. Primeiro tesoureiro: Walmor Marchi. Segundo tesoureiro: Emilio Bordim. Técnico: André Poffo. Roupeiro: Arnoldo Bonetti. Conselheiros fiscais: Carlos Poffo, Carlos Bona e Vergílio Beber.

  Uma curiosidade é que o time já existia antes de sua criação oficial.  Este time era chamado de time de futebol da paróquia e era controlado pelo pároco da época. O padre não permitia que  os jogadores usassem calção para jogar.  Apenas de calças compridas. Teria sido este um dos motivos da desvinculação do time com a  igreja. O fato ocorreu após um jogo  da paróquia contra um outro time de Blumenau.  Nessa época os jogos eram feitos no campo de futebol de propriedade do Colégio São Paulo. O espaço ainda existe e fica na Av. Brasília nos fundos da já demolida Casa Mamãe Margarida.

  Aos domingos, quando havia algum jogo, toda uma cidade torcia as margens da rodovia BR 470. Ali ficava o famoso campo do Sete de Setembro. Para localizar o leitor, este campo ficava onde é hoje a delegacia de polícia civil. O time verde amarelo era uma sensação em todo o Vale. Futebol de primeira e difícil de ser vencido. O Sete chegou ao seu auge quando foi campeão da segunda divisão da liga Blumenauense de Futebol. Isto ocorreu em 1976, ano de ouro onde a cidade comemorava o centenário da imigração italiana.

  O time de futebol foi desativado e hoje permanece somente a nova sede. Temos ali pequeno campo de futebol na Rua Ângelo Depiné, centro de Ascurra.

 Relembrando 1976, entrevistamos duas pessoas que foram essenciais para aquele ano no time do Sete de Setembro. Deliro Pisetta era o presidente do clube. Uma pessoa determinada e apaixonada pelo Sete. Queria que o time conquistasse aquele título da liga. Por isso conversou com Mário Roedel de Apiúna. Mário então indicou outro apiunense como técnico. Lairton Vilain, conhecido pelo apelido de Tatu, foi contratado. Juntos montaram uma super equipe de jogadores. A maioria não era de Ascurra. Apenas Charles da Cruz e Campos, goleiro reserva, eram da cidade. Delírio bancava com recursos próprios quase todas as despesas que não eram poucas.

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​ Mario Roedel também era um apaixonado pelo futebol e auxiliava tanto o presidente como o treinador. Foi também jogador do clube nos anos de 1967 e 1968. Vinha de Apiúna de bicicleta pela BR 470 a qual estava sendo construída. Ele nos relata as dificuldades do trajeto. Na época, o técnico do time era Aleixo Tomelin.

  O time do Sete de Setembro era uma máquina. Foi para a final do campeonato em 1976 dependendo apenas do empate. O jogo com o Gasparense foi em Blumenau no extinto estádio do Palmeiras. Este ficava onde hoje é a rua das Palmeiras. Este importante torneio da liga de Blumenau, sempre era vencido por times de Blumenau. Apenas uma vez havia sido vencido por um time de Pomerode. O Sete faria história vencendo pela primeira vez aquele torneio.

  Tatu, o técnico, por um problema de saúde não conseguiria comandar o time naquela final. Então Mario Roedel foi designado pelo presidente Delírio para esta função. Mario nos conta que o Gasparense passou a partida toda jogando na retranca. Sabia que se saísse para o ataque, o Sete de Setembro venceria a partida. O jogo encaminha-se para o empate onde daria o título ao time de Ascurra.

​ Em um lance perigoso aos quarenta e três minutos do segundo tempo, o atacante Coreca do Gasparense conseguiu chegar próximo a área. Foi quando lançou um torpedo contra a trave do Sete. Uma jogada inesperada obrigou o goleiro Beto Martendal, a fazer a sua mais importante e difícil defesa e assim evitou a derrota do time de Ascurra. Com esta defesa o juiz terminou a partida e Ascurra teve seu importante título no futebol.

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  Certamente o título mais importante do clube que era amado pela cidade. Outros títulos o time disputou também e venceu vários deles. Foi uma época onde vários times de futebol existiam na cidade. Podemos destacar o Nacional no Ribeirão São Paulo, o São Roque na Estação, o Floriano no Ilse, o Real Madrid no Ribeirão das Cabras, o Roacirio na Guaricanas e também o Ascurrense no centro da cidade.