Como emitir RG em Santa Catarina: passo a passo para solicitar a Carteira de Identidade
O início do ensino desde a colonização italiana

O início do ensino desde a colonização italiana
Conforme José Escalabrino Finardi (1976), historiador ascurrense, desde a colonização (1876) até o ano de 1894, nenhuma escola havia na cidade de Ascurra. A partir desta data então foi criada a primeira escola paroquial que ficava na antiga capela de madeira no centro. O professor era o imigrante italiano Luis Isolani. No bairro Guaricanas também foi criada a primeira escola paroquial na capela São José. Ali o professor era outro imigrante chamado Giovanni Feltrin. No mesmo tempo também o Ribeirão São Paulo inaugura outra escola paroquial na igreja da Sagrada Família tendo como professor Germano Depiné. As escolas paroquiais seguiam as regras da igreja católica ensinando religião e demais matérias.
Mais adiante no ano de 1908, o imigrante italiano Emembergo Pellizzetti, cria a primeira escola italiana do Vale do Itajaí. A mesma era mantida pelo governo italiano e passou a chamar-se Escola Dante Alighieri. A inauguração oficial ocorreu no início de 1909 com a presença do cônsul italiano para a região, demais autoridades, alunos e colonos. Também em 1908 Pellizzetti criou a Escola Italiana de Guaricanas.
No ano de 1917 todas as escolas particulares do estado foram fechadas, pois o Brasil estava em “estado de guerra” em virtude da primeira guerra mundial. Neste mesmo ano o Padre Ângelo Alberti criou uma nova escola particular próxima da escola Dante Alighieri que também havia sido fechada. O prédio ficava no início da Av. Brasília. Com o final da guerra vieram as novas regras do ensino pelo governo estadual. A escola Dante Alighieri foi reaberta, porém com nome de Escolas Reunidas Dom Bosco. Estas escolas tinham como professoras as irmãs salesianas.
No ano de 1925 o próprio padre Ângelo Alberti iniciou a construção do Colégio São Paulo. Importante escola mantida pelos salesianos para formação de padres.
A escola de Educação Básica Domingos Sávio
A Escola de Educação Básica Domingos Sávio passou por várias transformações até chegar à situação atual. Desde a mudança de nome e endereço, a escola é hoje mantida pelo estado de Santa Catarina. Milhares de ascurrenses e alunos de cidades vizinhas passaram por este educandário.
A escola foi fundada em 1939 com o nome de Escola Isolada da Vila de Ascurra. Neste período a cidade era distrito de Indaial. No ano de 1952 o nome mudou para Escola Mista Desdobrada de Ascurra. Até esta data a escola era ministrada pelas freiras salesianas. Nova mudança de nome em 1956 para Escola Reunida Dom Bosco. Em 1958 mudou novamente para Grupo Escolar Domingos Sávio. Continuando com as mudanças em 1981 passou a chamar-se Colégio Estadual Domingos Sávio e depois para o nome definitivo atual: Escola de Educação Básica Domingos Sávio.
Fotos: Arquivo / colocar uam do lado da outra
Não consta nos registros da escola, mas a mesma também foi chamada de Escola São Domingos Sávio. Este santo era aluno de Dom Bosco e Ascurra sempre foi ligada aos padres salesianos de Dom Bosco. Portanto a primeira escola tinha forte ligação com o Colégio São Paulo e por isso o nome do santo italiano. Domenico Giuseppe Savio (1842-1857), o Domingos Sávio, foi canonizado em 12.06.1954 alguns anos antes da escola fazer a mudança para o seu nome.
A religiosidade dos primeiros anos da escola era evidente quando verificamos que o educandário tinha na direção freiras que habitavam em Ascurra. Elas moravam em uma casa de madeira que ficava em frente ao Supermercado Princesa na atual rua Benjamin Constant. Na época o acesso era pela Avenida Brasília por uma picada que levava até a casa das freiras.
A primeira escola também foi construída em madeira. Ficava no final da Av. Brasília no mesmo lado do Colégio São Paulo. Os ascurrenses com mais de oitenta anos certamente estudaram ali. O banheiro também era improvisado com uma casinha de madeira que ficava nos fundos da escola.
No ano de 1950 houve a mudança de endereço para o local atual na Rua Dom Bosco. Nair Tomio, aluna, conta que todos os estudantes ajudaram na mudança para o novo local. Um prédio em alvenaria é muito mais confortável que o antigo. A construção era em forma de “U” e no centro não havia o espaço coberto como é hoje. Neste espaço a escola mantinha um lindo jardim que era cuidado pelos alunos. Nos fundos da escola havia uma horta que também era cultivada pelos alunos. A maioria dos estudantes eram filhos de agricultores. Por isso costumavam trazer produtos da lavoura para as freiras que dirigiam à escola.
Os alunos daquela época tinham uma vida difícil. Madrugaram para cortar capim e alimentar as vacas. Depois precisavam ir à missa diariamente antes da escola. A missa tinha início às seis horas todas as manhãs na igreja matriz. Após isso então é que os alunos iam para a escola. Próximo ao meio dia voltavam para suas casas. O trajeto era a pé ou de bicicleta. Muitos moram longe. Na parte da tarde estudavam e também trabalhavam na lavoura ajudando seus pais.
A escola vem cumprindo seu papel de educar e com mudanças significativas durante todos estes anos. Percebemos a dificuldade e a rigidez a que os pequenos estudantes de antigamente eram submetidos. Porém foi uma época que formou homens e mulheres fortes. Sem tecnologia, sem transporte, sem profundo conhecimento dos professores e poucos recursos financeiros. Estudavam o básico pois era o suficiente
Galeria dos diretores
Antes de 1956 a escola era dirigida pelas freiras ligadas ao Colégio São Paulo.
1956 a 1960 – Irmã Domingas Berlanda
1961 a 1964 – Irmã Blandina Ciz
1965 a 1964 – Lindomar Poffo
1967 a 1968 – Maria Cacilda Poffo Geske
1968 a 1987 – Lindomar Poffo
1988 a 1994 – Gilson Francisco Avosani
1989 – Arão João da Silva
1995 a 1996 – Adalberto J Sandri
1996 – Rosi Lucia Agostini Gadotti
1997 – Ana Lucia Novelletto Ricardo
1998 – Álvaro Paulino Possamai
1999 a 2002 – Isabel Regina Depiné Poffo
2003 a 2015 – Odair dos Santos
2016 a 2023 – Alessandra Bona Sardagna
2024 a 2027 – Elaine Maria Poffo
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