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FATTI & RACCONTI

Tony Marreta - Um ascurrense ilustre

  

  Você que assistia televisão na década de oitenta e início dos noventa, já deve ter visto o programa “Os Gigantes do Ringue”. Era um programa de luta livre também chamado de “Tele catch”. O grande astro e famoso no Brasil inteiro e América do Sul era chamado de Tony Marreta “o italiano”. O que você talvez não saiba é que Tony  Marreta é ascurrense.

 José Antonio Bona, o Tony Marreta, nasceu na serra gaúcha. Com poucas semanas de vida foi morar em Santa Catarina. Seu registro de nascimento consta como nascido em Ituporanga. Cidade  esta onde também foi batizado na igreja São Estevão. Com cerca de seis meses de vida, sua mãe, Luzia Pereira Bona faleceu. Seu pai, Germano Bona, ficou sem condições para criar os cinco filhos. Resolveu então entregar para adoção todos eles. Depois casou-se novamente e teve mais três filhos.

  Os filhos foram entregues para diferentes familiares. Tony foi adotado pela família Fachini da “Sassonia” em Ascurra quando tinha nove meses de vida. Germano Fachini e sua filha Oliva, foram até Ituporanga e trouxeram o pequeno Tony, o qual passou a fazer parte da família. Então em Ascurra,  Tony passou sua infância com seus novos familiares, a família Fachini e seus parentes da família Bona.

  Com vinte anos de idade Tony resolveu sair de Ascurra e foi para Joinville. Lá trabalhou na Tupy e depois na Consul onde aprendeu a pintar geladeiras. Permaneceu na cidade por três anos. Depois mudou-se para Curitiba e foi trabalhar com pintura de automóveis. Nesta cidade começou a frequentar a academia e aprendeu artes marciais e luta livre. Em Curitiba permaneceu por cinco anos.

  Tornou-se um grande lutador e foi convidado para entrar em uma equipe de luta em São Paulo chamada de “Os Gigantes do Ringue”. Michel Sedan, que contratou Tony, era dono de um programa na TV Record de luta livre. Neste quadro “Os Gigantes do Ringue” faziam apresentações e o Brasil inteiro assistia as lutas daquela equipe.

  Tony permaneceu no programa por cerca de sete anos. Depois, quando Edir Macedo comprou a emissora, o programa saiu do ar. Tony Marreta não desistiu e montou sua própria equipe que era composta por oito lutadores. Cada um deles adotava um apelido. Tony permaneceu com o apelido Marreta pois costumava usar uma marreta nas suas lutas.

  Tony era empresário de shows sertanejos,  professor de lutas e promotor das lutas, onde  sempre foi a atração principal. Fez quase duas mil lutas em todo o Brasil e também América do Sul. Foram quarenta e dois anos lutando. Os lutadores da equipe estavam sempre juntos e faziam apresentações em circos, palcos improvisados, ginásios de esporte e programas de televisão como Ratinho.

  Na década de noventa, Tony trouxe a atração das lutas para a cidade de Ascurra. Fez apresentação no ginásio de esportes do bairro Tamanduá por duas vezes e também uma apresentação na discoteca Floresta Negra que comemorava aniversário de fundação.

  Tony nos conta que em uma apresentação em Irati (Paraná) a situação quase saiu do controle. Um dos lutadores jogou água na plateia e a mesma ficou enfurecida e avançou contra os lutadores. Estes acabaram lutando contra a plateia para poderem defender-se. Tony em defesa de sua equipe, acabou levando um soco na orelha que ainda hoje sente perdida parte da audição. Porém a briga foi acalmada e a apresentação continuou.

  A equipe de lutadores desfez-se em outubro de 2014 quando Tony fixou residência em Belo Horizonte. Lá residia com sua esposa Marli Bona que era moradora daquela cidade. Costuma voltar para Ascurra visitar sua família nestes dezoito anos que morou em Minas Gerais. Numa destas viagens à sua terra, foi exatamente na pandemia. Com as restrições impostas pelo isolamento, Tony e esposa iriam ficar por um período maior em Ascurra.

  Marli, a esposa de Tony, acabou gostando da cidade e localidade “Sassonia” e resolveram fixar sua residência por aqui. José Antonio Bona, o Tony Marreta, agora com setenta e três anos, volta a ser cidadão ascurrense. Frequenta as missas sempre acompanhado da esposa e fala com orgulho dos seus parentes da cidade. Gosta de mostrar fotos e recortes de jornais de toda sua trajetória. Aquela velha máxima que “todo bom filho à casa retorna” concretizou-se!

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