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Meus caros leitores,

Não é de hoje que ouço burburinhos aqui e ali, não é mesmo? E tem uma conversa que anda batendo forte nos meus ouvidos e, claro, me fez parar para pensar. Sabe, a vida é cheia de gente com ideias boas e iniciativas ótimas. Mas como vamos saber de tudo isso, se ninguém conta? Eu fico me perguntando: como é que se faz para ter reconhecimento se ninguém divulga? Não somos adivinhos para saber o que alguém fez em silêncio! E isso, meus amigos, me dá o que pensar sobre a nossa querida Ascurra.

Muitos tem memória e sabe bem quando algo bom foi feito pela primeira vez. Mas para a grande maioria, para quem não estava lá no momento, o feito só existe quando a notícia se espalha. E aí a gente vê uma pessoa nova, ou um grupo diferente, fazendo algo que já foi feito, e é essa pessoa que leva o crédito e a fama. E sabe por quê? Simplesmente porque eles tiveram a inteligência de divulgar. O problema, meus caros, não está em quem fez depois. O problema está em quem fez primeiro, mas não quis cacarejar.

O que me intriga, e que anda me tirando o sono, é a falta de compromisso com a divulgação. Eu vejo tanta coisa boa sendo feita por aí, mas só naquelas redes sociais da vida. E, por favor, não me entendam mal, a internet é uma maravilha, mas convenhamos, aquilo é tudo muito rápido. É um post que some na linha do tempo, um vídeo que dura quinze segundos e depois ninguém mais encontra. É tudo efêmero. A informação é como um raio, ela brilha e some num piscar de olhos. E o que a gente quer para uma ideia boa, um projeto importante ou um trabalho bem-feito? A gente quer que ele seja perene, que fique para a história, que seja uma referência para quem mora aqui. E para isso, meus queridos, não tem jeito: precisamos dos veículos tradicionais e de credibilidade.

O nosso jornal, a rádio local, eles têm uma força que a internet, por mais que queiram, não tem. Eles chegam na casa das pessoas, na mesa de um café da manhã, no carro a caminho do trabalho. Eles dão peso, dão seriedade. Não é só um like que se dá e depois se esquece. É uma notícia que a gente lê, que a gente recorta e guarda, que a gente comenta no dia seguinte com o vizinho. E se a gente que fez a coisa certa, a coisa boa, não deu a ela o devido valor em uma mídia duradoura, como podemos esperar que outros o façam?

E o que dizer, meus caros, daqueles que divulgam seus feitos apenas para fora do município? A gente sabe que Ascurra é linda e tem potencial para o Brasil e o mundo. Mas felizmente o nosso querido prefeito Arão passou a colocar a nossa Ascurra no mapa. Hoje todos sabem muito bem que o cidadão ascurrense se informa através da rádio local e do jornal Parole.

Portanto é tudo uma questão de comunicação. Por menor que seja é necessário que se faça barulho, chamando a atenção para o feito. De nada adianta um ovo grande, lindo e forte, mas feito em silêncio e ninguém ficou sabendo. A lição que fica, para quem quer fazer a diferença e ser reconhecido por isso, é que não basta só ter uma boa ideia e trabalhar duro. É preciso ter o espírito da galinha: saber a hora de cacarejar para que o mundo, e principalmente a nossa comunidade, saiba da sua conquista. Porque, afinal, a gente ama a nossa Ascurra e quer que todos os seus feitos sejam lembrados e comemorados como merecem.

Um abraço...

Até a próxima!