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Doutor Robson Pasquali em novo endereço

Com uma carreira consolidada, o advogado Robson Rafael Pasquali vem atuando em Apiúna a muitos anos e para ampliar sua atuação e atender ainda melhor deixou seu antigo endereço para ocupar uma sala ampla proporcionando assim mais conforto aos seus clientes.

"Doutor Robson desde o dia 1º de novembro está atendendo na Rua Joinville, nº 94, no Centro Comercial Savana, sala 3, no centro de Apiúna, próximo ao Cartório."


Visitamos o novo escritório na segunda-feira, 04, e realizamos uma entrevista para apresentar melhor Robson aos nossos leitores.

CN – Você poderia nos contar um pouco sobre sua formação acadêmica e o que o motivou a escolher a advocacia como carreira?
Dr. Robson -Sou formado em direito há 14 anos, mas trabalho em escritório há mais de 20 anos. Desde que comecei a trabalhar na época como office boy, decidi que era essa a carreira que iria seguir. Gosto de trabalhar com pessoas e ajudar a resolver seus problemas.
CN - Qual é a sua área de especialização e por que você escolheu se dedicar a ela?
Dr. Robson - Como advogado estou apto a realizar qualquer processo jurídico, mas claro que tenho mais afinidade com algumas delas. Gosto muito de lidar em ações contra o INSS que envolvam benefício de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, e benefícios que tenham a ver com a agricultura, como aposentadoria rural. Mas tenho muitos processos que envolvem divórcio, inventário e cobrança de dívidas.
CN - Quais são os maiores desafios que você enfrenta como advogado atualmente?
Dr. Robson - Lidar com a rapidez das informações e as mentiras que essa rapidez traz consigo. Hoje o cliente busca algo na internet e me pergunta se é verdade ou até mesmo acredita naquilo. Essa mesma rapidez que muitas vezes nos ajuda é a mesma que também traz golpes e mentiras para a sociedade. Isso nos atrapalha muito.
CN - Você poderia compartilhar um caso interessante ou desafiador que você trabalhou e o que aprendeu com essa experiência?
Dr. Robson -Os maiores desafios são quando a gente perde um processo e consegue reverter uma decisão em segunda instância, pois isso gera muita satisfação que um caso é modificado e conseguimos ganhar. Temos muitos assim contra o INSS e isso os clientes não sabem tudo que fizemos, mas fica feliz quando eu entrego o seu dinheiro no banco. Outro caso que gostei muito também foi aquele em que absolvemos um pai acusado de tentar matar o estuprador de seu filho. Atuamos no *Tribunal do Júri em Ascurra e conseguimos que esse homem fosse inocentado de todos os crimes. Ficamos muito felizes com a decisão.
CN – Qual a sua avaliação às recentes mudanças legislativas na área e seu impacto na prática jurídica?
Dr. Robson - As mudanças que foram feitas em 2019 com a reforma da previdência mudaram significativamente as regras no INSS. Hoje em dia dificilmente alguém se aposenta e isso a longo prazo trará grandes problemas para a sociedade, pois a renda do INSS é uma forma de dividir a riqueza de um país.
CN - Quais são os princípios éticos que você considera mais importantes na sua profissão?
Dr. Robson - Acredito que tentar sempre falar a verdade ao cliente, seja bom ou ruim, tente sempre falar o que realmente pode ser certo ou errado a ele.
CN - Na sua opinião, como as decisões judiciais impactam a sociedade em geral, especialmente em casos de maior repercussão?
Dr. Robson - A justiça quando é feita de forma correta, ela impacta em todos. O cidadão que tem um senso de justiça apurado ele vai tornar a sua vida e dos seus parentes, amigos e outras pessoas, muito melhor, ele vai querer o certo. A justiça tem grande parte nisso tudo porque existe um exemplo a ser seguido.
CN – Qual o conselho que você daria para jovens advogados ou estudantes de direito que estão ingressando nesse campo?
Dr. Robson - Meu conselho é seguir seu caminho sempre. Se ser advogado te faz feliz, continue. É gratificante ao longo dos anos ver que você mudou a vida de alguém com alguma decisão judicial favorável.
CN - Por que você acredita que é importante que as pessoas busquem consultoria jurídica antes de tomar decisões legais significativas?
Dr. Robson - Consultar um advogado é querer fazer o certo, é entender que as coisas serão feitas de acordo com a lei e isso não trará problemas futuros.
CN - Como você vê o futuro da advocacia, especialmente em um mundo cada vez mais digital e em constante mudança?”
Dr. Robson - Acredito que a advocacia como qualquer outra área será modificada, mas os valores éticos e morais continuarão sempre a serem seguidos pelas pessoas.
CN - Há mais alguma coisa que você gostaria de incluir ou uma mensagem final para nossos leitores?"
Dr. Robson - Agradeço ao Jornal Cabeço Negro por mais esta oportunidade e coloco todo o meu conhecimento e de minha equipe de advogados e colaboradores a disposição de quem necessitar.

TRIBUNAL DO JÚRI
Júri absolve pai que atirou em cunhado por estuprar o filho 324 vezes
Por nove anos um pai (ascurrense, mas morador de Apiúna) aguardou o julgamento e na quinta-feira, 26 de setembro, acabou a tragédia ocorrida na vida desse senhor.
Com a atuação dos advogados Robson Pasquali e Gustavo da Luz o réu foi absolvido.

Entenda o caso
O réu tentou matar o estuprador de seu filho com um tiro no pescoço. O crime ocorreu no mesmo dia em que o pai descobriu que o cunhado abusava repetidas vezes do rapaz, à época com 16 anos. O menino – tem deficiência intelectual – foi estuprado ao menos 324 vezes, segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina.
A tentativa de homicídio aconteceu em novembro de 2015 em Ascurra. Na data, os pais do jovem foram procurados pela psicóloga do filho para uma conversa. Durante o diálogo, a mulher perguntou se o casal tinha conhecimento dos abusos sofridos pelo então adolescente. Segundo ela, em uma sessão anterior, a vítima narrou que o tio, irmão gêmeo da mãe dele, o estuprava desde 1997.
Conforme o relato da vítima, o crime ocorria aos finais de semana – ocasiões em que ficava na casa do agressor. No local, o rapaz era obrigado a vestir calcinha, fio dental e outras roupas femininas. O criminoso também passava batom na boca do sobrinho e o beijava. Segundo o desabafo da vítima, essas torturas psicológicas antecediam os estupros, que ocorriam em um rancho localizado na parte de trás da propriedade.
Nesse rancho, conforme relatado, o homem colocava o sobrinho diante de “roçadeiras, machados e foices”, na tentativa de ameaçá-lo. Conforme consta no processo, o tio dizia que se ele gritasse ou fizesse barulhos, o mataria. O medo de morrer impedia que a vítima, que tem necessidades especiais, denunciasse os estupros. Contudo, anos após sofrer a violência, o jovem revelou a uma psicóloga o que estaria acontecendo.
Depois da reunião com a psicóloga, o casal voltou para casa e planejaram registrar um boletim de ocorrência contra o agressor. Porém, logo após a mulher sair de casa para trabalhar, o pai pegou uma arma, procurou o estuprador e atirou contra ele. O homem não morreu.
O tio do jovem teve de responder por estupro de vulnerável e chegou a ser condenado pelo crime, quatro anos após ação judicial. Contudo, antes que pudesse cumprir a pena, morreu em um acidente de carro.

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