logo RCN
EDITORIAL

Muita História

No dia 21 de janeiro de 2000, surgia o jornal Cabeço Negro, um tabloide para divulgar a cultura e as conquistas dos apiunenses e ajudar na busca de um grande sonho: "Uma Apiúna Melhor para Todos".

No dia 25 de janeiro de 2007 circulava o primeiro exemplar do jornal PAROLE com o intuito de ser a voz da comunidade de Ascurra. “Um Jornal a serviço de Ascurra. Palavras a serviço da Notícia”.

Neste janeiro estamos de ANIVERSÁRIO, mas sem muito para comemorar, pois comemorar 615 edições do Cabeço Negro, 196 do Parole, não é nada perto das dificuldades enfrentadas, tendo de lutar dia a dia contra a promiscuidade de outros veículos e a corrupção e intolerância do poder público.

Muita história temos para contar de quanto lutamos pelo povo apiunense, ascurrense, pela região. De quantas conquistas obtivemos em benefício da população, mas que ficaram na conta de políticos pressionados pelas divulgações amparadas na verdade.

Mantivemos sempre os valores, os princípios de conduta, os princípios inerentes ao exercício de uma profissão, os bons costumes, a honestidade e a justiça, o decente, o educativo, o instrutivo, as leis da honestidade e do pudor, que são deveres que temos de observar para vivermos em sociedade.

A solidariedade é o sentimento que nos leva a auxiliarmo-nos mutuamente, gerando uma relação de mútuo compromisso entre as pessoas, a responsabilidade social. Tudo isto nos dá a energia suficiente para suportar as dificuldades, os perigos, mas também diz respeito ao espírito ou a inteligência.

Mas o tempo nos mostra que os interesses comuns, o apoio aos outros, deixaram de existir na busca de sempre ter mais, ser mais.

Temos de parar e nos perguntar: Este mundo desencontrado, desleal que estamos construindo é o que queremos para a vivência de nossos filhos e netos?

Esperamos sinceramente que a maioria responda não, pois ao contrário a esperança de uma vida boa e honesta deixará de existir; passaremos a nos questionar da validade de ser ou não honesto, de ser ou não íntegro, ético e humano.

Nos momentos vividos destes últimos anos, nos deparamos com tantas barbaridades no meio político que pensamos em desistir e não mais lutar. Prefeitos, Deputados, Juízes e tantos outros desviaram fortunas, foram descobertos e “condenados”, mas não devolveram o dinheiro e nem estão presos. Alguns foram premiados com aposentadorias milionárias e outros conquistaram cargos de secretários de Estado ou uma “vaguinha” em uma estatal, talvez de conselheiro pois aí não precisará trabalhar - é só buscar o salário.

Enquanto isto, os pobres mortais, o povo, vive momentos de miséria, buscando atendimento na saúde, sem encontrar médicos, remédios. Sem encontrar atendimento e até mesmo uma simples desculpa. O que encontra é a ausência total de educação de funcionários mal pagos, mas que em muitos casos estão ali através de favores políticos e não por merecimento.

Onde queremos chegar? Esta é a questão que continua sem resposta. Com as atitudes de alguns administradores públicos, estamos buscando cada vez mais uma sociedade injusta e desigual, onde a criminalidade aumentará em índices cada vez maiores, pois quanto mais desigual o ambiente, mais a revolta transforma o ser.

Nascer pobre, dizem ser um destino, mas nascer pobre e lutar na busca de uma vida melhor é a razão da vida. Mas quando durante este período de desenvolvimento, social e moral de nossa existência, nos deparamos com usurpadores do bem alheio e do bem público, passamos a sentir uma revolta que acaba afetando nossos princípios de vida. Afeta até mesmo àqueles que os têm mais profundamente.

Nós sabemos onde queremos chegar e sempre soubemos. Desde o início buscamos a ética e a moral para conduzir os nossos caminhos, claro cometendo também erros no percurso. Esperamos que através da reflexão possamos buscar a mudança.

Nossa história de lutas pelas comunidades continuarão procurando sempre um caminho seguro e através destas bases sólidas buscaremos um futuro melhor para todos.

De nada ter uma história se elas forem esquecidas e não servirem nem de exemplo pois a vida continuará cheia de problemas e aqueles que nos cerceiam continuaram se esbaldando no poder e nos benefícios do poder.

Caro leitor, ainda temos você, por isso nossa luta continua, mas sem nenhuma comemoração, pois nossos ideais jamais serão alcançados enquanto a maioria só pensar no próprio umbigo.

Tudo tem preço Anterior

Tudo tem preço

E agora? Próximo

E agora?

Deixe seu comentário

EDITORIAL