Festeja Ascurra!
Ascurra está em festa para celebrar seus 61 anos com um final de semana imperdível
No sábado, 06, será o BurguerDay e o Festival da Cerveja, com a participação de 4 cervejarias parceiras nos dois dias.
A programação est
recheada de atividades!
Ainda, no sábado, teremos o Torneio de Vôlei de Areia e shows com muita música boa. Já no domingo, começará cedo com a Benção dos Ciclistas, Rota das Capelas, Feirinha Gastronômica com churrasco do Rotary, corte de um bolo de 61 METROS e tarde dançante.
Durante todo o evento, em comemoração aos sessenta e um anos de emancipação político-administrativa, haverá parque inflável gratuito, feira de negócios e artesanato para garantir a diversão de todos.
Todo o lucro do Festival da Cerveja, que acontece durante o Festeja Ascurra, será revertido para entidades sociais que atendem o município. Neste ano estão contempladas a Rede Feminina de Combate ao Câncer, APAE, Bombeiros Voluntários da União, Rotary e Associação Per Tutti.
Confira a programação completa na página 16 e celebre com Ascurra.
A festa é nossa!!!
Uma festa do município, para o município.
História de Ascurra
A “Freguesia” de Ascurra
A história da origem de Ascurra inicia em 1874, quando o Dr. Hermann Blumenau enviou agrimensores para mapear e delimitar os lotes nas proximidades do Ribeirão São Paulo. Na ocasião, foi dado o nome de “Ascurra” em homenagem à vitória decisiva das forças brasileiras na Guerra do Paraguai em 1869, em que o exército paraguaio se deu por vencido. Sendo assim, quando os primeiros imigrantes chegaram em 1876 o território a que vieram povoar já possuía um nome. (FINARDI, 1976)
Os imigrantes
Os primeiros imigrantes a povoarem Ascurra vieram pelo Ribeirão São Pedro em Rodeio, entrando na linha colonial Ribeirão São Paulo. Esta foi a primeira comunidade de Ascurra, onde instalaram-se imigrantes oriundos da região do Vêneto, Lombardia e do Tirol. Os tiroleses eram súditos austríacos de fala italiana (DALLABRIDA, 2015). Os primeiros moradores começaram a se instalar em Ribeirão São Paulo em novembro de 1876. Em dezembro do mesmo ano, chegaram os primeiros moradores de Guaricanas.
A viagem dos imigrantes durava aproximadamente 40 dias, partindo do porto francês de Le Havre ou do italiano de Gênova até o Rio de Janeiro, na época, capital do Império do Brasil. O sonho de migrar para a América consistia em uma busca por melhores condições de vida, onde poderiam adquirir terras para viverem da agricultura familiar, uma vez que na Europa viviam em um sistema semifeudal, trabalhando nas propriedades de terceiros (DALMOLIN, 2020).
Na busca por sobrevivência, os imigrantes criaram várias estratégias de superação em meio ao clima e às florestas brasileiras. Entre essas estratégias esteve o surgimento de cooperativas agrícolas que buscavam exportar tabaco e outros produtos agrícolas para o continente europeu (BERRI, 1993). Outras atividades foram surgindo, como o surgimento de atafonas (moinhos) para beneficiamento da farinha, batedeiras de arroz, fabricação de vinho e cachaça, entre outras.
A religiosidade
A religiosidade era parte fundamental dessas comunidades italianas do Médio Vale do Itajaí (BERRI, 1988). Os imigrantes italianos e tiroleses eram católicos. Nos primeiros anos eram assistidos pelo pároco de Blumenau, Padre José Maria Jacobs e às vezes pelos padres jesuítas de Nova Trento. Em 1892 com a chegada dos padres franciscanos na paróquia, Ascurra passa a ser assistida por Frei Lucínio Korte, que apesar de alemão falavam bem o italiano. No ano de 1900 é fundada a paróquia de Rodeio, na qual Ascurra fazia parte. Com o tempo, após inúmeros conflitos políticos e ideológicos, Ascurra conseguiu firmar-se paróquia no ano de 1912. Entre as demandas do povo ascurrense estava o anseio de ser atendido por padres italianos, além da autonomia de ter sua própria paróquia (DALMOLIN, 2020).
Desta forma, Ascurra desmembrou-se da Paróquia de Rodeio, levando consigo as capelas instaladas nos atuais municípios de Ascurra, Apiúna, Ibirama, Lontras, Rio do Oeste, Agronômica, Rio do Sul e entre outras. O primeiro pároco (vigário) foi João Canônico, realizando o desejo da comunidade ascurrense de ser atendido por um padre italiano. Padre Canônico formou-se sacerdote em Turim e havia exercido a mesma função em Criciúma, sul de Santa Catarina. Atendia a comunidade com prontidão. Em 1914, deixou a paróquia após vários desentendimentos com os frades de Rodeio. Entre junho de 1914 e dezembro de 1916, a paróquia de Ascurra foi administrada por Frei Policarpo Schuhen, então pároco de Rodeio, com bastante dificuldade dado o desagrado da comunidade. (BUZZI, 2021)
Em dezembro de 1916, assumiu o Pe. Angelo Alberti como pároco de Ascurra, pertence à ordem dos Salesianos. Os padres salesianos eram de nacionalidade italiana, atendendo as expectativas da comunidade, especialmente da capela Santo Ambrósio, já que a maioria dos membros da Sagrada Família (Ribeirão São Paulo) eram fiéis aos franciscanos de Rodeio. Seguindo os ensinamentos de Dom Bosco, aos poucos os Salesianos foram conquistando toda a comunidade de Ascurra e demais comunidades pertencentes à paróquia. A partir da década de 1920 a Paróquia de Ascurra limitou-se às comunidades de Ascurra, Apiúna, Ibirama e Lontras. O primeiro padre ascurrense a trabalhar na comunidade foi o Pe. Silvio Mondini. Os salesianos deixaram Ascurra em 2016, após 100 anos de dedicação pela cidade. A paróquia ficou exclusivamente aos cuidados dos padres diocesanos.
A Emancipação de
Ascurra
Desde os tempos coloniais, Ascurra pertencia à Blumenau. Em 1919, Ascurra tornou-se distrito, ganhando maior autonomia política, sendo o primeiro intendente Luiz Isolani. Em 1929, por conta da profunda crise financeira potencializada com a Queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque e da baixa arrecadação dos distritos de Ascurra e Rodeio, estas duas localidades foram unificadas e transformadas no Distrito de Arrozal. Essa situação mudou apenas em 1933, quando a decisão foi dissolvida e os antigos distritos foram restituídos. (CANI, 2011)
Com a tomada de Getúlio Vargas à presidência do Brasil, uma série de novos municípios surgiram com o objetivo de minimizar os conflitos políticos internos e unificar a identidade brasileira em um contexto em que grande parte da população era estrangeira. Nesse sentido, surgiu em 1934 o município de Indaial, abrangendo também as localidades de Ascurra e Apiúna (antiga Aquidaban). Durante 29 anos, Ascurra pertenceu a Indaial, até que em 1963 o vereador Aldo Valdir Pintarelli apresentou em uma sessão na Câmara de Vereadores o projeto de emancipação do distrito de Ascurra. Após calorosos debates, Ascurra foi emancipada com apoio do deputado Abel Ávila dos Santos na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O fato foi consumado em 7 de abril de 1963 e o primeiro prefeito nomeado foi José Buzzi (BUZZI, 2021).
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